Sinto-me perdido hoje Como se fosse o último dia para resolver tudo Parece que as coisas não tomam seu rumo Ao menos não o rumo que eu gostaria ...Ou que eu esperava Mas ao mesmo tempo sinto-me animado Como se tudo fosse dar certo, Como se tudo estivesse indo bem Mas eu não sei... Do mesmo modo sinto-me "caindo" Perdido... Como se não fosse pra fente, Como se não houvesse mais o que fazer Há muito não sentia isso, há muito não sentia nada Ou quase nada... Mas agora que volto a sentir Queria nunca mais esquecer como é, Queria nunca mais perder o que venho encontrando Quero sempre estar ao lado do que me faz vivo E também... Saber se estou feliz e ou triste... Mas vamos levar
Veio bater em minha porta Deixar um vão Para ver o frio entrar Abraçar o meu espírito Quase morto de dentro para fora Deixe de ver com os olhos E sinta em seus dedos A água fria que nos afoga E desse gosto de terra Puxe a arma que lhe liberta...
Veio correndo em minha direção Me afastando de meu caminho Sem me deixar Sentir o coração Olhando em pontos cegos na escuridão Deixar de lado já não é O que me deixa são Volto Ao ponto onde comecei Para buscar uma saida Que me leve Ao que for real...
O fogo, já não, Me queima mais Sinto as brasas em minhas mãos Como se fosse ouro Para comprar o meu futuro
E quão em vão Vi a vida passar E não chegar Em nenhum lugar Que eu possa alcansar?
Veio bater em minha porta Deixar um vão Para ver o frio entrar Sem nem me deixar Lhe perguntar... Quando tudo isso Iria acabar...
Quando poderei, recolher as cinas que deixei no chão?
E por que será... Que me mantive em dias tristes Se a lua sempre me sorria Com um nada mais em troca Além de minha admiração? E por que será... Que me escondi em desabafos mudos Quando me tinham mil vozes perguntando Por onde eu estava andando? E por que será... Que tive medo de correr Se as ruas sempre me guardavam Um caminho de surpresas? E por que será...? O que foi que fiz pra me guardar Em pequenas caixas de solidão Esquecendo o quão me deram a mão? Minha garganta enfim Tem a necessidade de lhe gritar E por que será... Por que não?
O que dizer Quando nada mais restar? O que será Do fim de tudo isso?
Fobias crescendo em minha mente O Sol já não é mais tão aparente Rostos tristes na escuridão Me pedindo ajuda, esperando gratidão E eu preso em minhas crenças Sem saber o que é real ou não
Uma chama perdida na escuridão Queimando meus olhos já tão cegos Aquece de novo meu coração Que com razão já não sangrava Era por isso que eu esperava?
Acho que sei que tudo isso Não é apenas mais um indício Me foco todos os dias De joelhos reivindico Por tudo que deixei passar E peço mais um copo Para matar minha sede de paixão...