
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
La Miseria De Tu Rostro - Un Mundo De Oscuras Intenciones (2005)

La Miseria De Tu Rostro - Entre La Hez Y La Miseria (2008)
domingo, 12 de dezembro de 2010
Enquirer - Inquisitivo
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Apóstrofo Romano - Nu Escuro (2006)


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
One Day As A Lion - One Day As A Lion (EP)

Zack de la Rocha (vocals/keyboards)
Jon Theodore (drums)
O vocalista do RATM Zack De La Rocha anunciou para o 22/07/08 o lançamento de um EP com o baterista Jon Theodore, ex The Mars Volta.
Os dois desenvolvem um projeto chamado One Day As A Lion.
O EP vai ter o mesmo nome da banda e De La Rocha, além de assumir os vocais, vai tocar piano. Theodore (um dos melhores bateristas por aí, que tocou com Omar Rodriguez no At The Drive-In), como de costume, ficará com as baquetas.
Eu Serei A Hiena - Hominis Canidae (2009)
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Eu Serei A Hiena - Eu Serei A Hiena (2005)

e aquele ser repugnante instituiu: "não!", disse ele. "não terás a minha piedade: já está decidido. já foi declarado, registrado, homologado, anexado e arquivado; nossa condição é simples e clara: eu serei a hiena, e você será a presa agonizante em minhas mandíbulas..."
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Food4Life - Mais Uma História (2004)
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Dead Hearts - The Words You Betray (2004)
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Children Of Gaia - I Pray To Watch You Bleed
sábado, 18 de setembro de 2010
Paura - History Bleeds (2010)

Comemorando 15 anos de existência, o Paura nos traz um dos seus álbuns mais bem trabalhados e produzidos, tanto nos seus sons como nas letras e arte gráfica. 11 novos sons, todos masterizados por Paul Miner, que já trabalhou com bandas como H2O, Throwdown, Terror, Still X Strong, Corleone, Vendetta,etc... e contando com participações especiais nos vocais de Leandro (Fim do Silêncio), King Rick (Clearview) e Helio (Jeffrey Dahmer). A fusão perfeita entre o hardcore e o metal!
Paura - You Kill Us We Overcome

sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Mil Caras - Pietras, Virtus, Fides (2010)

Verdict - Constanta
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Jair Naves - Araguari EP (2010)

Araguari, primeiro trabalho solo de Jair Naves, chega ao público na forma de EP em fevereiro de 2010. Na primeira audição e na passada de olhos pelos títulos das canções, percebe-se a homenagem à cidade que dá título ao trabalho e que fica ao norte do Triângulo Mineiro, celebrizada no cinema nacional pelo filmeO Caso dos Irmãos Naves, sobre a prisão, tortura e morte de dois irmãos que confessaram um crime que jamais cometeram. MasAraguarié também e principalmente um mergulho na memória do compositor, que passou parte da infância na cidade. As lembranças e experiências do músico conduzem as canções, por vezes, ao lirismo das modas de viola e à nostalgia invertida das lacunas de quem se viu à margem; em outras, à volubiAlidade de quem não acredita mais no amor, mas que se vê surpreendido pela paixão; finalmente, ao travo da injustiça e do desajuste que Jair parece ter herdado da história da cidade.
EmAraguari I(Meus Amores Inconfessos), primeira faixa do EP – em cuja introdução se ouvem, ao fundo, diálogos do supracitadoO Caso dos Irmãos Naves– a linha de baixo e a da melodia vocal aludem à música sertaneja de raiz, conferindo à canção o lirismo típico da região. O arranjo como um todo, entretanto, renova o gênero e lhe confere atualidade, fazendo queAraguari I (Meus Amores Inconfessos)seja a ponte musical e temporal entre a inocência perdida na cidade, de um lado, e a avaliação presente que Jair faz das experiências vividas, de outro. Duas faces da mesma moeda, face e reflexo invertido no espelho: é por meio das brigas compradas, das canções entoadas e dos amores inconfessos do título que a vida de hoje é investigada, como se a Araguari da infância, no que lhe faltava ou sobrava, orientasse o sentido da vida presente.
Silenciosaé fortemente marcada pela parceria vocal com Júlia Frate e pelo arranjo simples, apenas com violão e piano. É a canção da fratura amorosa, mas sem os exageros da paixão. O que se ouve é um eu conformado, desacreditado do amor, mas que acaba por pacificar-se por constatar que “se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar”. Não é exatamente a separação que aflige, mas o fato de ela ter sidoconsensual, sem discussões, civilizada: o eu que canta não se reconhece ao experimentar uma crise sem arroubos extremos. Daí que a canção, além de lamentar o divórcio com o outro, evidencia o estranhamento do eu com ele próprio – e outra vez é o universo subjetivo e íntimo que orienta as avaliações da realidade objetiva.
EmDe branquidão hospitalar, queimando em febre, eu me apaixonei, a desesperança da faixa anterior é substituída por uma paixão febril, em que oeuse confunde, em todos os níveis da canção, com ovocê. Com um arranjo à moda da década de oitenta, esse amálgama idealizado se manifesta no título, com a impressão de que quem tem febre – e delira – é o eu, ao contrário do que se observa nos primeiros versos, em que ovocêé que faz o papel de “demônio enfermo”. O espelhamento entre os amantes também se revela claramente em “O que em mim você reconhece, eu reconheço em você” e no backing vocal feminino repetindo ao fundo a frase “não estou só”.
Mas é emAraguari II(Meus Dias de Vândalo)que desponta largamente a entoação vocal de Jair Naves, equilibrando-se entre a canção e a declamação poética, para fazer perceber o ser sensível que está por trás da voz que canta. A letra retoma a sensação subjetiva do desajuste e da inaptidão, além da falência da relação amorosa que vimos nascer inusitada na canção anterior. E a conclusão não poderia ser diferente, já que a cidade que dá título ao trabalho parece ocupar todos os espaços e todos os tempos, ainda que de forma implícita: “Talvez fosse preferível / que eu nunca tivesse saído / de onde eu nasci, / de Araguari”, em que a cidade mineira da infância, ainda que distante, serve mais uma vez de ponto de fuga ou de perspectiva, delimitando as impressões no presente urbano do já decênio século vinte e um.
Há uma gota de Álvaro de Campos, heterônimo do português Fernando Pessoa, especialmente na última canção, como se o sujeito poético de Jair relesse aTabacariae as duasLisbon Revisitede compusesse, à sua moda, de viola ou de guitarra elétrica, o imaginário pessoal cujo espelho é sempre uma Araguari, ao mesmo tempo, distante e presente, da infância e da vida madura, da falta e da completude. Finalmente: a Araguari deste mesmo Jair Naves da São Paulo de 2010 e de um outro, o que deixou a inocência na cidade mineira e que recupera, apresenta e confessa os fragmentos e desajustes de si próprio nas canções deAraguari.
Texto por Rogério Duarte.
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